Com o crescimento do uso das tecnologias educacionais durante a pandemia, a implementação de plataformas educacionais aconteceu de forma rápida e abrupta, principalmente aqui no Paraná. As plataformas educacionais são sites para a gestão, distribuição e acesso a conteúdos educacionais, que geram pontos positivos e negativos. Como benefícios, as plataformas são uma forma de facilitar a organização de materiais, além de promover interação a partir de fóruns, quizzes, vídeos e imagens. Porém, os malefícios se destacam. Ao mesmo tempo, estas plataformas podem levar a exclusão digital, já que muitos alunos não possuem computadores ou acesso à internet, fazendo com que a desigualdade digital aumente, privando estes alunos de participar ativamente das atividades online. Além disso, a cada dia lutamos para que as crianças e adolescentes vivam fora das telas, e ao atribuir funções em diversas plataformas, o aluno fica preso ao computador, tendo que resolver atividades de forma digital, perdendo a capacidade de aprender na vida real.
Ademais, a plataformização da educação reflete diretamente no papel do professor em sala de aula. O docente fica refém de acessos, sendo privado de planejar uma aula que aborde as especificidades de cada turma, mas sim, apenas age como um instrutor que coordena os alunos nos laboratórios de informática. Assim, o professor passa de transmissor de conhecimento para facilitador do aprendizado. Já o aluno, vê-se cercado de uma infinidade de plataformas e prazos, levando muitas vezes a apenas fazer as atividades de qualquer jeito, apenas para ter uma pontuação, deixando o processo de aprendizagem totalmente em segundo plano.
Por fim, a plataformização da educação no Paraná está transformando a forma como o ensino é oferecido, promovendo maior acessibilidade e interatividade, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e capacitação dos professores. O aluno paranaense está imerso na Plataforma Inglês Paraná, Google Classroom, Quizizz, Leia Paraná, Redação Paraná, Matific, e a cada dia mais longe da aprendizagem real e viva, fora das telas.
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